segunda-feira, 27 de setembro de 2010

* desculpa a demora, sábado eu não tive tempo / pois é né Maria :D it's me

-Então, vamo entrando! – ele falou.
Eu entrei dentro da casa e Sara estava vendo televisão. Fiz questão de cumprimentá-la:
-Malu, saudades suas, menina! – ela me abraçou carinhosamente, e eu retribui o abraço com o mesmo carinho. A família de Felipe era a doçura pura.
-Também estou, Sara. Como vai?
-Está tudo ótimo, e você e sua família? Saudades de fofocar com sua mãe. O Pedro também estava perguntando de seu pai. Eles adoraram ir no cassino do navio juntos. – nós rimos.
-Meu pai também está com saudades dele.
-Bom, vou deixar vocês sozinhos.
-Fique à vontade. – eu sorri.
Ela deu um beijo no rosto e nos deixou subir para o quarto de Felipe.
-Sinta-se em casa. – ele disse quando chegamos no seu quarto.
Eu sorri e sentei num dos puffs que tinham no quarto dele e ele se sentou no do lado.
-Me conte, o que você tem de novo pra me contar?
-Ai Felipe, você sabe que o Guilherme é um problema.
-O que ele fez dessa vez?
-Se drogou demais. Ficou dois dias sem ir pra aula.
-E o que aconteceu?
-Aí ontem o pai dele apareceu em casa falando que ele tinha tido um enfarto e que estava no hospital. Me desesperei.
-Nossa, melhoras pra ele.
-Obrigada, meu amor. – sorri pra ele, pude sentir meus olhos brilharem.
Ele retribuiu um sorriso ofuscante. Como eu amava aquele sorriso...
-Pois então, – eu acordei de sua beleza impressionante – aí eu e minha mãe chegamos no hospital, e depois de eu conversar com ele um pouco, ele enfarta.
-Que chato isso. Mas agora ele tá bem, né?
Fiquei impressionada e feliz com a maneira em que Felipe se importava com Guilherme. Se os papéis tivessem sido invertidos, creio que Guilherme falaria algo do tipo de “Nossa, meu sonho!”.
-Ele deve estar melhor. – eu disse.
-Tomara. Não quero ver você triste. – ele se aproximou e me olhou. Eu não agüentava aquele olhar.
Passei meus braços em volta de seu pescoço, e ele em volta de minha cintura.
Guilherme sabia me ganhar a qualquer hora que quisesse, mas não posso negar que Felipe também me hipnotiza.
Nossas bocas foram se aproximando, e eu me entreguei. Nos beijamos cinematograficamente, como da primeira vez. Nos imaginei no corredor deserto na madrugada do navio, quando a gente ficou se olhando por 5 minutos sem intervalos.
Nossas bocas se moviam em perfeita sintonia. Estava com saudades disso.
Felipe e Guilherme eram diferentes em todos os aspectos, com exceção de um: os dois sabiam me cativar sem esforços. Só que até nisso haviam diferenças: Guilherme me cativava com pegada e Felipe me cativava com doçura. Eu não estou dividida à toa!
-Eu sei que você não quer fazer isso, por causa dele e...
Coloquei o dedo na boca dele e respondi, contrariando-o:
-Quero como ninguém quer.
Ele sorriu, e me deu outro beijo daqueles.
-Ok, vamos parar de nos pegar agora. – eu disse rindo.
Ele riu também e nós ficamos olhando um para o outro por um tempo. Estava com saudades dele, tinha que curti-lo um pouco mais.
-Tinha esquecido de como você era lindo. – eu disse, tocando seu rosto.
-Eu sei que você não quer fazer isso, por causa dele e...
Coloquei o dedo na boca dele e respondi, contrariando-o:
-Quero como ninguém quer.
Ele sorriu, e me deu outro beijo daqueles.
Derepente  o telefone toca:
- Alô ?
- Olá, aqui é do hospital que o Guilherme está hospedado, a Maria Luisa se encontra ?
- É ela, porque ?
- Eu preciso que você venha para o hospital imediatamente .
- Ok, eu já, já tô ae .
- fim da ligação -
- Quem era Malú ?
- Era do hospital, eu tenho que ir pra lá.
- Eu te levo ! Pode ser ?
- Ok, vamos rápido !!!
O Felipe estava tão devagar, e eu quase tendo um ataque do coração, tava muito nervosa e chateada .


Capítulo 12 - FIM
- bebê, é melhor você ficar na sala de espera, tudo bem ?
- Tudo bem, eu não quero que ele fica pior em me ver com você, eu fico aqui .
Eu estava muito preoucupada, também eu amava o Guilherme, mas nunca me senti assim por alguém, tão mal, por causa de um telefonema. A sala de espera tava com quase a família dele lá, tava um clima muito triste e desagradável lá, até que um médico me levou até a sala onde o Guilherme estava, e eu vi um dos meu piores pesadelos, me deu uma vontade forte de chorar e de me matar na hora.
- O que aconteceu com ele ? - eu disse tocindo e soluçando muito.
- Á noite ele pegou um pacote que um amigo dele trouxe e fumou aqui mesmo, como ele já tinha tido o ataque cardíaco, o coração dele não aguentou, nós fizemos de tudo, mas ele ...
- não sobreviveu ! - continuei com muito esforço, pois estava chorando um rio quase, foi o pior sentimento que eu já senti por alguém.
Como eu conseguiria viver em um mundo sem Guilherme ? Eu não conseguiria, porque quem eu realmente amava era ele, e eu descobri isso depois de pensar em tirar ele da minha vida, era quase impossível, eu estava com uma vontade louca de me matar ou tentar fazer alguma coisa pra salvá-lo, mas não adiantaria, ele já estava morto, ele já tinha partido; Eu não conseguiria olhar pra cara do Felipe, porque eu sei que eu iria terminar com ele, mas e se acontecesse alguma coisa com o Fê, eu também ficaria assim, certo ? Claro que sim Malú, você não pode amar mais o Guilherme, é só porque você não tem mais ele aqui !

Então, eu fiz a única coisa que me restava. Sim, eu sai correndo pra fora do hospital, e já que o Fê tava na sala de espera, eu peguei o carro, e simplesmente acelerei, de olho fechado, rezando muit.

Então eu acordei em um quarto do hospital, com o Fêh sentando na beira da minha cama, eu estava toda ingessada, eu não conseguia mexer quase nada, só conseguia falar, respirar e mexer o meu olho, a batida devia ter sido feia, uma coisa que eu não se, pois além de eu ter ficado enconsiente eu fechei os olhos.
- Oi Fê, o que aconteceu ?
- O que aconteceu ? Eu que divia perguntar isso pra você, não acha ?
- Desculpa, é que eu estava confusa e ...
- Não, você não estava confusa, você só queria ficar com o Guilherme, nem pensou quem você abandonaria aqui, e isso iclui a sua mãe , seu pai .. a sua familia ficou muito triste, acho que se sentiram pior que você por causa daquele menino drogado !
- Não fala assim do Gui - eu começei a chorar feito louca e percebi que quem eu sempre amei, foi ele e não o Fê.


 CONTINUA ...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

vii, obrigada por ler aqui :* e por seguir .

Capítulo 11 - Reencontros
Desliguei e fui escovar os dentes. Dei um jeito no cabelo, e coloquei uma roupa mais ajeitada e fui.
Cheguei lá em pouco tempo, uns 4 minutos aproximadamente. Eu toquei a campainha e ele me atendeu com aquele abraço de urso. Ele não me abraçava, ele me pegava no colo.
-Entra! – ele disse, com um sorriso enorme (e lindo) em seu rosto.
-Com licença.
-E precisa pedir licença pra entrar na minha casa?
Eu ri, e o abracei. Malu, você não vai chorar, engole essa porcaria de choro!.

Tá começando a ficar TENSO né cla ? .q

Não sou muito supersticiosa, mas acho que hoje só vão me acontecer coisas ruins. Eu estou com uma má intuição, uma voz de lá do fundo está me dizendo que esse dia não vai ser bom.
Mas enfim, depois das três aulas, minha mãe foi me buscar e nós voltamos pra casa. Para ser sincera, não estava com um pingo de fome.
Comi sem nenhum gosto e subi. Minha mãe foi trabalhar, e eu fiquei lá sozinha, o dia inteiro. Uma sexta-feira chata, cheia de tédio e com um clima pesadíssimo.
Fiz todas as minhas tarefas, mas com o coração na mão, de preocupação com o Guilherme. O que será que estava acontecendo?
Obvio que eu também estava pensando em Felipe, mas sei que ele está seguro, pois tem a cabeça aberta e não se mete em confusões. Ele é certo. Mas Guilherme, era sempre um preocupação em dobro. Eu nunca sabia por onde ele andava, o que fazia (certas vezes eu já poderia ter idéia, do jeito que ele se droga o dia todo) e com quem andava.
E fiquei o dia inteiro sem notícias de Felipe e principalmente de Guilherme. Assim o dia acabou. 
Meus pais chegaram, fui jantar e depois dormir. E tive outro pesadelo, extremamente nítido e absurdamente real.
Eu sonhei que eu estava no terraço de um prédio muito alto. Eu conseguia ver praticamente a cidade toda de lá, e estava um vento muito forte, que me fazia quase cair. No canto deste terraço, havia uma escada. Dessa escada, subiu um garoto encapuzado, não via seu rosto. Senti meu rosto molhado.
Ele foi rastejando para a borda do terraço e eu só chorava. De repente, ele pulou. Eu gritava e chorava por ele. E então eu pulei. Quando vi que ia cair na rua, acordei.
Acordei ofegando e suando, dando graças a Deus por ter sido um sonho. Ou melhor, pesadelo.
Não é normal. Eu nunca tenho pesadelos. Isso era algo de ruim se aproximando. E porque eu tive pesadelos em duas noites seguidas? E porque eu não via o rosto do menino que morria? E porque Guilherme não me deu sinal de vida nos últimos dois dias? Eu precisava falar com ele agora.
Achei melhor me acalmar. Toda as decisões precipitadas que eu tomei na minha vida foram frustradas. Acalme-se. Amanhã vocês se falam, tranqüilizei-me. 
Me cobri e virei para o outro lado. Logo peguei no sono novamente.
Assim como na noite passada, depois de ter acordado com o pesadelo, dormi um resto de noite sem sonhos. Acho que dessa vez gritei menos, ou meus pais estavam dormindo um sono mais pesado, porque senão ele teriam vindo no meu quarto ver qual era meu problema.
Mas enfim, acordei e olhei no relógio imediatamente. Eram 11:42h.
Ainda bem que hoje é sábado. E eu vou procurar notícias do Guilherme. Estava mais tranqüila pois Felipe ia voltar amanhã.
Levantei e já fui direto almoçar, a mesa já estava posta. Sentei epara comer, meu prato já estava feito na mesa. Minha mãe puxou assunto:
-Filha, como você tá?
-Estou angustiada, mãe. Não sei porque. Mas tenho que ficar bem.
-O que será que está acontecendo com você? Eu ouvi alguns gritos esta noite, mas não sabia se estava sonhando ou se era real. – ela refletiu.
-Você ouviu? Era eu mesmo. Tive outro pesadelo, com outro garoto morrendo.
-Que estranho, filha. Espero que melhore.
-Obrigada mãe.
Almocei mais tranqüila depois da conversa. Eu já ia subindo, quando ouvi uma buzina lá fora.
-Pode deixar, eu vou ver se é aqui. – disse minha mãe. 
 Eu subi para a varanda e vi um carro prata parado, e minha mãe estava apoiada na janela do banco de passageiro do carro. Rapidamente, minha mãe se desapoiou do carro e entrou em casa. Eu fui descendo a escada.
-Quem era mãe?
-Filha, vem cá comigo, senta no sofá. A gente precisa ter uma conversa.
Eu gelei.
Um homem entrou atrás de minha mãe, e eu o reconheci. Ele estendeu a mão e se apresentou:
-Meu nome é Marcelo, lembra de mim? Sou o pai do Guilherme.
-Prazer, Maria Luísa. – eu dei um sorriso forçado.
Eu, Marcelo e minha mãe sentamos no sofá.
-Mãe, pelo amor de Deus, me fala isso logo.
-Calma, fique calma. Sem ataque de nervos.
-Fala tudo de uma vez, mãe!
-É sobre o Guilherme.
-O que tá acontecendo? – eu falei, totalmente confusa.
-Eu fiquei sabendo da existência dele agora. O Marcelo disse que ele quer que você vá no hospital visitá-lo, e foi ele quem buscou você para você e o Guilherme saírem, por isso que ele veio até aqui, pois ele não tem o seu telefone. 
Eu já estava chorando muito.
-Mas porque ele tá no hospital? – eu quase gritei, desesperadamente. O que aconteceu com o Guilherme?
-Ele teve um ataque cardíaco ontem, por isso faltou na aula. Ele já está no quarto, e quer ver você.
Então era isso. Os dois pesadelos, a angustia, a falta dele na escola. Eu sabia que tinha algo de errado.
De repente, pareceu que algo chegou e levou meu ar embora, eu não conseguia respirar. Eu apenas chorava.
-Mãe, me leva lá agora, por favor! – eu já estava gritando. 
Eu subi e coloquei qualquer roupa, e minha mãe e eu entramos no carro com Marcelo. Nós então voamos para o hospital.
Eu entrei lá secando minhas lágrimas, e eu e minha mãe sentamos na sala de espera. Do nosso lado estava a mãe de Guilherme, a Sabrina, que era muito simpática. Ela também chorava muito, mas deu um jeitinho de ser legal comigo e com minha mãe. Marcelo disse que ia pedir para entrarmos no quarto de Guilherme.
Esperamos uns 10 minutos aproximadamente, e então a enfermeira nos chamou.
-Sabrina, não quer nos acompanhar? – ofereceu minha mãe.
-Não, podem ir. – ela deu um sorriso forçado.
Então a enfermeira nos direcionou até o quarto de Guilherme, e eu me controlava para não chorar e preocupar Guilherme.
Ela nos abriu a porta, e entramos no quarto. Guilherme estava acordado, e quando me viu deu um sorriso.
-Vou deixar vocês sozinhos. Se precisar de alguma coisa, me chame, e eu comunico a enfermeira. – minha mãe disse e Marcelo a seguiu.
Eu me aproximei de Guilherme, tentando secar minhas lágrimas insistentes e teimosas.
-Você está bem?
-Melhor agora. 
Eu sorri entre lágrimas.
-Eu estava morrendo de preocupação já ontem. Sabia que tinha algo errado, você nunca falta.
-Não fica preocupada não. Tá chegando minha hora. Eu vou deixar você ser feliz, finalmente. – ele riu sem humor algum.
-Eu não quero ser feliz sem você. – eu disse entre soluços.
-Para de chorar, vai.
-Não enquanto você não estiver com saúde correndo para me beijar.
-Se é isso que você quer... – ele tentou se levantar para me dar um beijo.
-Não, não! A gente ainda tem a vida inteira. – eu sorri.
-Você sabe que eu não vou durar.
-Não fala assim!
Ele olhou para baixo. Estava com o rosto cansado, abatido.
-Você ainda me ama? – ele perguntou.
-Eu vou te amar pra sempre, seu bobo.
Peguei em sua mão e ele sorriu.
-Bom, a enfermeira já te medicou? 
-Já.
-Quer que eu fiquei aqui?
-Não quero que me veja morrer.
-Você é tão idiota. Você não vai morrer.
-Até no meu leito de morte você me xinga de idiota.
-Primeiro, não é seu leito de morte. Segundo, você é sim um idiota. É numa hora dessas que você tem que pensar em viver. Não na hora de pegar o cigarro.
-Ok, senhorita lição de moral.
-Você tem problema, seu maconheiro.
-Quantas vezes vou ter que te falar que você me ama, mesmo eu sendo um maconheiro desgraçado?
-Nenhuma. Porque eu sei que amo você. Senão amasse nem estaria aqui.
-Eu não entendo isso.
-Não entende o que?
-Vocês chegam aqui morrendo de chorar, e depois falam pra mim que eu não vou morrer. 
-Claro, quando vim pro hospital pensava que você estava em estado gravíssimo. Como eu não sou média nem nada disso, tudo que eu tenho que fazer é chorar. – sorri, triunfante.
Eu sempre calava a boca de Guilherme. Ele ficava quieto sempre, porque sabe que está errado.
Do nada, Guilherme começou a reclamar de dor:
-Nossa, que dor é essa!
Fiquei apavorada. Ele vai enfartar.
-É no peito?
-É – ele estava quase se contorcendo de dor.
-Eu já volto, vou chamar a enfermeira!
Eu disparei pela porta do quarto e fui quase gritando por minha mãe. Não fazia a menor idéia de onde estava a enfermeira.
Cheguei na sala de espera desesperada.
-Mãe, o Guilherme tá sentindo dores no peito, chama aí uma enfermeira, pelo amor de Deus.
Minha mãe e Marcelo se levantaram rápido para procurar uma enfermeira e eu fui atrás. Eu acho que eles deveriam procurar não só uma enfermeira para Guilherme, mas uma pra mim também. Meu coração estava saindo pela boca.
Minha mãe achou uma enfermeira, e eu os levei até o quarto de Guilherme, que se contorcia de dor. 
A enfermeira fechou a porta na minha cara, e eu comecei a chorar.
Minha mãe pegou na minha mão e tentou me reconfortar:
-Filha, fique calma. Não vai ajudar nada você se desesperar agora!
Eu só soube abraçar minha mãe, aos soluços.
-Venha, vamos sentar na sala de espera. Assim você se distrai um pouco.
Olhei para Marcelo e Sabrina, que andavam ao meu lado, e haviam lágrimas em seus olhos. Eu estava mais desesperada a cada minuto. Eu não conseguia ficar quieta, ficava quicando.
Minha mãe puxava assunto com Sabrina, e eu estava prestes a levantar e sair xingando. Que demora!
E então, ouvi Sabrina falar para minha mãe:
-Espere aí que eu vou ver se Guilherme já está melhor.
Eu fiquei lá, mais impaciente que nunca. Passaram-se aproximadamente uns 8 minutos esperando ansiosamente.
Vi Sabrina vir para a sala, e sua expressão era tranqüila. Ela não parecia estar preocupada. Menos mal. Sabrina era muito expressiva, dava para ver as emoções dela no olhar. Se por acaso houvesse algo de errado e ela sorrisse, eu podia ver em seus olhos que algo estava errado. 
Mas enfim, ela se sentou e falou para minha mãe:
-Graças a Deus, Guilherme está melhor. Acho que ele recebe alta amanhã mesmo.
Eu sorri fervorosamente, fiquei muito feliz.
-Bom, Sabrina. Já estamos indo.- minha mãe disse. 
-Vamos, vamos. Só espera rapidinho que o Marcelo já está saindo do banheiro e te leva até lá.
-Imagine, claro que não. Nós pegamos um ônibus, táxi, está tudo bem, Sabrina.
-Não, não, fique tranqüila, nós vamos te levar até sua casa.
-Claro que não, nós já estamos indo, não queremos atrapalhar.
-Mas não atrapalha nada! O Marcelo está livre, só eu que vou ficar aqui para dormir.
-Pode deixar, não vamos dar trabalho para seu marido.
Depois de muita insistência, decidimos ir de táxi.
-Deixe um abraço para seu marido. Beijo, até mais! – minha mãe disse e a deu um beijo no rosto.
Eu fiz o mesmo.
-Fico grata pelo apoio. Adorei conhecê-la. Boa noite! – disse Sabrina.
-Quando precisar, estamos aqui. Já deixei meu telefone com você, caso aconteça algo, é só ligar.
Fomos para um ponto de táxi perto do hospital e então chegamos em casa.
Estava sem apetite nenhum, apesar de saber que Guilherme estava melhor. 
Minha mãe quis jantar, eu quis subir. Fui logo pro meu quarto, e vi que havia uma mensagem no meu celular:
“Oi amor. Amanhã eu chego de viagem. Posso ir na sua casa, ou você quer ir na minha? Faça o que quiser. Um beijo, amo você.”
Eu sorri. Não sabia nem o que dizer para Felipe. Oi, Guilherme teve um enfarto e não vai rolar, tchau. Claro que não, Maria Luísa.
Enfim, eu tinha que dar um jeito nessa história.
“Oi Fe. Está tudo bem? Aqui aconteceu algo difícil pra mim, mas a gente conversa depois. Mas pode deixar, que eu vou na sua casa. Beijo, também te amo.” Enviar.
Liguei meu computador e fiquei vendo umas fotos antigas. Eu tinha três pastas. A pasta de fotos com família e amigos, a de Felipe e a de Guilherme. Primeiro vi a da família e amigos. Tinham algumas fotos minha com Ester. De quando a gente foi a praia juntas. Havia uma foto de nós duas melecadas de sorvete, e lembrei desses velhos tempos em que nosso único medo era um vermelho no boletim. Tinha fotos minhas com minha família em nossa chácara, em viagens, e até mesmo no navio, onde tiramos muitas fotos. 
Tinha fotos minhas descendo na boquinha da garrafa, porque me desafiaram isso quando eu estava brincando de verdade e desafio. Comecei a rir só de lembrar. Porque tudo isso teve que mudar? Não sei se isso acontece com todo mundo, mas o amor me deixa dependente...
Saí dessa pasta e fui para a do Felipe. Tinha uma foto nossa no navio com a pulseira que ele me deu. Automaticamente, olhei para meu pulso. No lugar aonde ficava a pulseira desde as últimas férias. Apesar de não precisar da pulseira para lembrar de Felipe.
Fui passando as fotos e tinha outra da gente dançando, que eu pedi para a Eliza (aquela amiga que fiz no navio) tirar para recordarmos.
 Tinha várias fotos nossas sorrindo, nos beijando, fazendo caretas. E eu fiquei lá suspirando. Depois de passar todas as fotos, cheguei finalmente na pasta do Guilherme.
Tinham poucas fotos, mas todas me faziam suspirar também. Eu estava sentindo sua falta, inexplicavelmente.
Fechei os arquivos e senti meu rosto molhado. Era como se essas recordações fossem de anos atrás. E meu tempo longe de Felipe e Guilherme parecia mesmo de anos.
Era impressionante como eu sentia falta desses dois. O certinho e o bandido., pensei, sem conseguir escolher. Seria realmente bom se eu pudesse escolher. Isso tudo não estaria acontecendo.
Mas aí, me bateu um vazio...no estômago. Fome. Desci pra cozinha, procurando qualquer coisa rápida e prática. Pipoca de microondas!
Depois que ela ficou pronta, subi e comecei a comer vendo televisão. Peguei no sono e dormi de roupa. Acordei com a TV ligado, eram 2:45h. Arrumei minha cama e dormi daquele jeito mesmo.
Graças a Deus, dormi uma noite sem pesadelos. Mas tive um sonho.
Sonhei que estava deitada na minha cama, comendo pipoca e vendo televisão (haha), quando Felipe e Guilherme entram no meu quarto juntos. E aí veio um de cada lado, e me deram um beijo, um em cada bochecha. E depois a gente ficou conversando, sem brigas, sem ciúmes, só com muita risada e diversão !
 Acordei com um sol forte, mas acordei feliz. Hoje seria um dia bom, se ocorresse tudo como planejei. E como eu planejei? O Guilherme saindo do hospital com saúde e Felipe voltando pra cá. Tudo bem que os problemas não iam estar resolvidos por completo, mas seria uma dor a menos se o que eu planejei se realizasse. Agora é só esperar.
Eu estava ativa. Não estava afim de ficar vendo televisão o dia todo. Queria andar. Mas o que me deixaria mais feliz seria se o Gui começasse a fazer tratamento  pra parar de fumar e usar drogas .
Troquei de roupa, e decidi arrumar meu quarto. Decidi mudá-lo. Era uma boa forma de renovar e de passar o tempo sem ficar pensando em coisas negativas.
E é isso que vou fazer. Vou começar pelo guarda-roupa.
Tirei todas as roupas que não usava mais e separei. Deixei meu guarda-roupa quase vazio. Ia doar para uma instituição, ou sei lá.
Depois fui para o sapatos, e fiz o mesmo. Tirei o pó dos móveis, passei um pano no chão, troquei a roupa de cama, acertei meu baú, doei roupas e sapatos, acertei tudo que estava errado, e sabe que horas são? 10:30h.
Depois que terminei, já estava cansada e suando. Tomei um banho, fiz hidratação no cabelo, depois sequei e fiz chapinha. Ficou bonito, modéstia a parte.
Depois, peguei minhas coisas de unha e tirei cutícula, lixei e pintei. Fiz tudo, pé e mão.
Porque hoje era um novo dia. 
Era 11:40h e minha mãe tinha acordado. Ela fez um almoço e eu e meu pai fomos comer. Subi novamente e liguei para Felipe. Ele atendeu:
-Alô?
-Fe?
-Malu! Que horas você vem?
-Tá ocupado agora?
-Não, pode vir.
-Tô aí em 10 minutos, beijo.
-Beijo.

Cla obrigaada pela suas idéias e pela sua inspiração :*

Capítulo 10 – Susto
Não podia negar que estava preocupada com Guilherme. Ele estava a cada dia se destruindo mais. Ele se droga muito e frequentemente.
Subi para o meu quarto e decidi abrir a varanda. Há tempos não fazia isso.
Quando ia na varanda, tinha a visão da praça, que era em frente a minha casa.
E lá estavam 3 meninos, com várias garrafas e pareciam estar cheirando algo. Com certeza Guilherme estava no meio. Isso me dava um aperto no coração!
Eu só conheço o pai dele. Aliás, nem conheço direito, mas eu pelo menos já vi o pai dele na vida. Mas a mãe dele, nunca vi. O que será que ela tem na cabeça pra deixar Guilherme num caminho assim? Com certeza, ela não deve nem saber por onde o filho anda.
Me dá vontade de chegar invadindo a casa dele (que eu nem sei onde é) e brigar com a mãe dele por ter educado ele assim.
Mas enfim, hoje já é quinta-feira, e agora que eu lembrei de Felipe.
Saudades dele! Eu sinceramente não sei o que faço da minha vida. 
E quando Felipe voltar? E quando eu tiver que escolher? E quando eles brigarem de novo? E quando Guilherme tiver uma crise de overdose? E quando eu surtar?
Eu precisava tirar um tempo para pensar. De repente tudo vem pra cima de mim sem avisar, um monte de coisas acontecendo. Ainda se Guilherme fosse certo da cabeça, e não usasse drogas, seria um problema a menos pra mim. E ah, que ele fosse compreensivo, e que não queria desossar Felipe sem motivos. Porque minha vida tem que ser tão difícil?
Meus pais chegaram, nós jantamos, e meu pai me chamou para conversar:
-Filha, venha cá só um minuto. – ele disse isso e sentou no sofá. Eu sentei ao seu lado e ele começou a falar.
-Sua mãe já me falou de tudo que está acontecendo na sua vida. Queria me desculpar por seu um pai tão ausente, mas fique sabendo que eu amo você muito muito muito muito, e que só sou tão ausente porque quero te dar tudo de melhor, que eu não tive.
Eu fiquei muito emocionada, e nenhuma palavra saiu no momento. Eu o abracei, e chorei um pouco. Aliás, de uns dias pra cá, chorar já estava virando um ritual diário .q
-Obrigada pai. Eu não sou lá aquelas filhas exemplares, mas eu faço o possível. É meu destino sofrer desse jeito!
Meu pai me deu um beijo na testa e eu levantei pra ir dormir. Dei boa noite a meus pais e dormi, dessa vez mais tranqüila.
Mas no meio da noite, eu estava num labirinto, que nas paredes havia aranhas, baratas, insetos asquerosos, e no chão havia raízes que prendiam meus pés e não me deixavam seguir. E a cada passo que dava era uma luta para me livrar das raízes. Depois de muito andar e muito sofrer, achei um garoto morto, e comecei a chorar e gritar muito.  
Senti minha mãe me chacoalhando:
-Malu, pelo amor de Deus, acorda! – ela gritava, mas sua voz era bem distante.
-Mãe, ele tá morrendo! Me ajuda!
-Quem tá morto, Maria Luísa?
-É ele, é ele, me ajuda! Mãaaaaaaaaae!
Ouvi passos de “sobe e desce” pela escada, e depois tudo ficou quieto. Senti meu rosto molhado, e eu abri os olhos num impulso.
-Filha, é só um pesadelo, fique calma! 
-Mas era tão real e o Guilherme tava lá e ... - eu não sabia o que dizer! O que era aquilo, meu Deus?
Abracei forte minha mãe enquanto chorava. Ela afagou minha cabeça, e surgiu meu pai na porta do meu quarto:
-O que tá acontecendo? São 3 horas da manhã? – perguntou meu pai, com voz de preocupação.
-Nada não bem, ela só teve um pesadelo. – ela se virou para mim – Vamos dormir, filha?
Eu balancei a cabeça positivamente, e minha mãe deu um beijo na testa.
-Deus te abençoe! – ela me cobriu e se foi.
-Boa noite filha! – disse meu pai.
-Boa noite. – respondi com a voz trêmula.
Estava com frio, embora esteja suando. Peguei no sono e tive um resto de noite sem sonhos.
Acordei mal. Não fisicamente, mas tinha uma má intuição, algo ruim estaria por vir. Achei melhor esconder isso pra mim. 
Minha mãe me levou a escola, e eu cheguei atrasada. Quando fui sentar, minha bolsa escapou da minha mão e fez o maior barulho, sem contar que ela estava aberta, todos os cadernos caíram para fora. E ainda, o professor me chamou atenção pois Ester tinha me chamado pra contar as “fofocas”. O dia não tinha começado bem.
Dei a costumeira olhada geral na sala, e não vi Guilherme. Via de tudo, menos o Guilherme. Ai meu Deus.
As aulas, pela primeira vez, passaram lentamente. Tive a impressão de ter ficado por 5 horas ouvindo o professor falar e escrevendo. E então bateu o sinal do intervalo, e eu saí da sala, tentando procurar Guilherme
Não o achava em nenhum lugar. Perguntei para os amigos dele, que falaram que ele tinha faltado, mas não sabem porque.
Tomara que ele tenha matado! Nunca pensei que diria isso, mas prefiro que ele mate aula do que algo ruim acontecer com ele.
O sinal bateu rápido, e subi para a aula. Tudo passou tão devagar hoje! Que estranho. Estava tudo muito estranho hoje. O pesadelo, meus cadernos caindo, a bronca do professor, o Guilherme faltou. Tem algo de errado aqui. 


 .... Fiquem curiosas :* 

Capítulo 9 – Lado Negro de Guilherme; ACABEEI POR HJ, domigo tem +

Às 19:00h, Guilherme e seu passaram para me buscar, e nós fomos. Seu pai nos deixou no shopping, e nós ficamos lá passeando. Tomamos sorvete, conversamos. Aí então, depois de andar um pouco, Guilherme encontrou “sua galera”, e ficou conversando com eles. Me senti meio excluída, sei lá. Guilherme sequer me apresentou pros seus amigos. Mas vou esquecer essa parte.
Guilherme falou que iríamos atrás do shopping, até aí eu aceitei. De repente, surgiram mais duas pessoas, com duas garrafas em cada mão. Uma jogaram para Guilherme:
-Quer um gole, Malu? – Guilherme me ofereceu a cerveja.
-Não, obrigada.
Eu realmente estava insegura. Não queria ficar ali, com aquelas pessoas. Estava me dando nojo, não sei, algo não estava certo.
Mas aí, aconteceu algo que mais me deixou chocada. Eu sabia que Guilherme bebia e usava drogas, mas não sabia que ele usava em lugares tão abertos, e o pior: na minha frente.
Ele tirou do bolso, um plástico vários cigarros dentro. Fiquei assustada e traumatizada, nunca tinha visto isso antes. Minha vontade no momento era chorar e sair correndo, mas eu tinha uma solução mas eficaz pra isso.
E depois aconteceu algo mais chocante, que me fez sair de lá chorando.
Uma garota sentou no colo de Guilherme e começou a se esfregar nele. Eles se beijaram na minha frente.
-Quer um cigarro, amor? – disse Guilherme, depois de várias tragadas.
-Não quero.
O cheiro já estava me fazendo mal, me deixando enjoada. Sem contar a insegurança. Fingi que meu celular estava vibrando, e levantei e fui em outro lugar para fingir que estava falando com minha mãe. Falei que ela ia na entrada do shopping me buscar. Nem quis beijar Guilherme, e ele nem ligou, já estava sob o efeito.
Peguei qualquer taxi e fui pra casa chorando. Estava chocada demais.
Sabia que a droga causava efeitos alucinógenos, mas nunca pensei que Guilherme iria me trair na minha frente.
Me troquei e deitei na cama, refletindo sobre a noite de hoje. Achei que Guilherme não seria capaz de se drogar na minha frente.
Tinha até me esquecido que Felipe havia viajado, e então fiquei esperando uma ligação dele.
Peguei no sono e dormi a noite inteira, sem insônia, sem acordar por um momento. Acordei de manhã e fui pra escola.
Me sentei e bem prestei atenção nas duas primeiras aulas. Pensei também em Felipe, queria deixar minha matéria em dia para que ele não rodasse quando voltasse da viagem. E então fiz tudo que tinha que fazer, prestei atenção e fiquei concentrada demais para verificar se Guilherme estava vivo ou morto.
Bateu o sinal para o intervalo, e eu simplesmente saí. Nem me preocupei em encontrar Guilherme. Depois da noite de ontem, fiquei magoada por vários fatos.
Eu estava andando em direção ao banco, para encontrar Ester. Fazia tempo que não conversava com ela.
Mas aí alguém me puxou pelo braço. Nem preciso falar quem era:
-Vai me ignorar hoje, é? – ele disse, com aquele jeito grosso.
Guilherme quer me deixar louca, ou o que?
-Não Guilherme, não estou te ignorando. Quem deveria se sentir ignorada sou eu. – eu reclamei, mostrando-me injustiçada depois da noite passada.
-O que te aconteceu, Malu? – ele perguntou, sem demonstrar nenhum interesse e paciência para me ouvir.
-Eu simplesmente odiei sair com você ontem. Minha mãe não me ligou, e não foi me buscar. Era uma desculpa pra deixar você e seus amigos lá fumando sozinhos, porque eu não tava agüentando mais!
-Não tava agüentando o que, Maria Luísa?
-Não tava agüentando aquele cheiro de cigarro, bebidas, eles só falavam besteira, e você também. Você começou a me ignorar, a fumar que nem um louco
-Qual é o problema em fumar?
-O problema é que eu não te dou 7 anos de vida se você continuar assim. Vai morrer logo. Está se destruindo.
-Não ligo. Prefiro te uma vida curta e boa do que uma longa e chata. O importante é que eu fui feliz. Não ligo se morrer cedo.
-Mas eu ligo! Seu egoísta. Só pensa em você. Imagina eu e sua família, como ficaremos se você morrer cedo?
-Ninguém mandou vocês me amarem...
-Deixa de ser grosso. E você pensa que eu não vi você agarrando aquela vadia lá, né? Voltei pra casa chorando, se você quer saber.
-Você viu aquilo?
-Não não Guilherme, eu vi o Barney comendo um gato –‘ . Se eu to falando que eu vi é porque eu vi, idiota!
-Foi só um beijo, eu tava bêbado e drogado.
-Olha aqui! – eu disse e cheguei mais perto, enfiei o dedo na cara dele. – Se você não tomar jeito, eu vou começar a ficar com você e com o Felipe ao mesmo tempo, e se você vier falar alguma coisa, eu acabo com tudo. Você pode me trair na minha frente e eu não? Me poupe!
-Pelo menos você não usa drogas.
-Nem você devia usar. E para de me desafiar, tá ouvindo?
-Você parece minha mãe, às vezes, sabia?
-Vai se ferrar!
O sinal bateu e nós subimos pra sala.
Continuei prestando atenção nas aulas, e tudo passou muito rápido, como sempre. Fui embora, e minha mãe disse que não poderia ir me buscar e que eu tinha que voltar de ônibus. Acho que vou ter que rezar um terço. Toda vez que volto de ônibus acontece uma desgraça. Eu ia subindo a rua quando percebi que alguém me seguia. Gelei. Ninguém da escola subia aquela rua, e agora era horário de almoço. Eu dei uma pequena olhada pra trás. Era o Guilherme. Ele foi andando e pegou na minha mão.
-Você me assustou, sabia? – eu disse.
-Eu ouvi você falando com sua mãe. Decidi ir com você até sua casa.
Eu não respondi e soltei minha mãe da dele. Era 11:40h e o ônibus só ia passar 12:30h. Vai demorar muito.
Fiz questão de fazer o mesmo jogo que fiz no último dia em que ele foi em casa. Sentei na outra ponta do banco do ponto de ônibus e fiquei quieta, fingindo ignorar sua presença. Obvio que ele ficava revoltadíssimo comigo, e eu adorava. Vi de canto de olho ele bufar.
Fingi estar relaxada, e o ignorei ao máximo. Esperei ele vir falar comigo. O que não foi fácil. Quando olhei no relógio eram exatamente 12:05h. Esperei, esperei e só depois de 25 minutos que ele se manifestou:
-Porque você faz isso comigo? – ele disse, com cara de dó. Fechei minha mão, e me controlei pra não dar um murro na cara dele. Eu não ia cair em seus truquezinhos baratos de novo. O idiota teria que ser ele pelo menos uma vez na vida, pô.
Não sei como conseguia gostar de Guilherme. Ele era uma criatura repugnante, irritante e...linda. É isso que mais me revolta.
-E seu eu te pedir desculpas?
-Desculpa não cura dor. – fiz cara de triste, pra ele ficar bem arrependido. Se é que aquele monstro é capaz de se arrepender. Acho que não. Mas ignoremos essa parte.
Ele se aproximou para me abraçar, mas eu permaneci quieta no meu canto.
-Não vai me pedir desculpas? – eu disse.
-Você diz que desculpa não cura dor. Então vou ficar quieto.
-Humpf! – fechei a cara. Olhei no relógio e eram 12:22h.
-Ok, eu te peço desculpas. Desculpa seu amorzinho lindo?
-Desculpo. Agora desgruda! Ainda to muito magoada com você, Guilherme.
Ele logo tirou seus braços de mim. Quem vê pensa que eu não estava gostando. Mas eu precisava me fazer de difícil. Sei que ele está sentindo minha falta.
-Depois o grosso sou eu!
Eu o ignorei e fiquei quieta. E então o ônibus chegou e nós entramos. Eu paguei pra mim e ele pagou o dele.
Sentamos lá no fundo, e quando ele tentava pegar na minha mão, eu soltava. Você vai ter o que merece, ah se vai!, pensei.
Chegamos em casa, e eu estava morrendo de fome.
Em cima da mesa da cozinha havia um bilhete da minha mãe, e lá dizia que era pra eu esquentar a comida que estava dentro do microondas, pois ela estava com muito serviço na confecção. Ótimo, ela não estava lá.
Eu tive que dar almoço também para Guilherme, que comeu mais que eu.
-E sua mãe? Sabe que está aqui?
-Não. Eu já fico na rua o dia inteiro mesmo. Quando chegar falo pra ela que tive que ficar fazendo trabalho.
-Seu maconheiro.
-Maconheiro que você ama. – ele rebateu.
-Quem te disse?
-Você!
Eu levantei e fui lavar a louça, e ele deitou no sofá. Folgado.
Lavei, enxuguei e guardei tudo sozinha, enquanto Guilherme via TV.
Tirei meu tênis, peguei o controle na mesinha e deitei. Guilherme estava deitado no sofá ao lado.
Eu vi ele levantando, e comecei a mudar de canal.
Ele já ia querendo vir me abraçar, mas eu me esquivei, de novo.
-Você vai ficar pra sempre assim? Me ignorando? Que que você tem?
-Tô magoada, só. – respondi, secamente
-Sei...Eu já te pedi desculpas. Eu sei que você tá com saudades dele.
-O que? – eu olhei pra ele, o fuzilando com os olhos.
-Isso mesmo que você ouviu. Esse Felipe que tá te fazendo falta. É porque você é dividida e eu não sou suficiente pra você, né?
-Para de ser idiota. Não tem nada com o Felipe. Estou chateada por você ter beijado aquela menina e se drogado na minha frente.
-Mas eu já pedi desculpas! – ele insistiu.
-Mas eu continuo triste! Por isso que eu to assim. Entendeu agora?
-Continuo sem entender. O que você quer que eu faça pra ficar você ficar melhor? Quer que eu vá embora e suma da sua vida pra abrir caminho pro certinho que você tanto ama?
Perdi a paciência e levantei, já estressada e gritando.
-Guilherme, se é pra você ficar me irritando e me deixando mal com a minha vida, nem fica aqui!
-Quer que eu vá embora?
-Pra mim tanto faz! – falei, indiferente.
-Tá bom, então eu vou.
Adora me fazer de idiota.
-Fica aqui, vai Guilherme. Me dá um abraço, vai! - Eu pedi, estendendo os braços em sua direção.
Ele me abraçou, e eu o apertei.
-Tô sentindo falta de uma coisa. – ele reclamou.
-O que?
-Você sabe que é meu cigarro. Não consigo passar 24 horas sem fumar pelo menos um.
-E eu não compenso?
-Eu sou um viciado. Esqueceu?
De repente, uma lágrima escorreu por meu rosto. Guilherme a secou.
-O que foi, Malu? -Eu fico pensando, você tá se destruindo, Guilherme! Olha pra você! Sua pele tá ficando enrugada, e você tem 16 anos ainda. Seus dentes, estão começando a amarelar. Parece que você não toma banho. Você está acabando com você mesmo. Não entende isso?
Ele ficou quieto, e abaixou a cabeça.
-Sabe, eu acho tão desnecessário, tão opcional. Você não precisava estar passando por isso.
-Eu até queria parar, mas quando você entra, não sai mais.
-Mas isso é tão fácil! Se você quisesse mesmo se recuperar, falava com seus pais, eles colocavam você em uma clínica e pronto, você se recupera.
Ele continuou quieto. Ele sabe que tudo que eu estou falando é verdade. Eu sei que ele não quer ficar no mundo das drogas.
-Uma hora, a polícia vai te pegar. E vai ser pior. Pra você e pra quem te ama.
-Mas agora eu to numa pior. Comecei no crack. É tão viciante!
Eu gelei. Crack é a pior droga do mundo.
-Guilherme, não acredito! – eu comecei a chorar novamente. – Você precisa se internar!
-Não preciso. Quando eu uso crack, me sinto no paraíso.
-Desde quando você usa isso?
-Pouco antes de te conhecer.
-Com que freqüência você usa crack?
-Todo dia, umas duas, três vezes.
Eu me senti sem chão. Guilherme não vai parar tão cedo. Ele vai morrer. Eu só sabia chorar.
-Malu, tenho que ir. Beijo, até depois. Não esquece de mim.
-Beijo.
No momento, não sentia mais nada além de medo.

* pra cansar um pouco, quando eu for encerrar por hj, eu aviso vii loureiroo 1ª leitora :*

Ai, fica aí vai. A tarde a gente se fala. Teu outro amorzinho tá lá sentado ó, esperando você. Vai lá.
-Você que não me deixe falando sozinha!
-Qualquer hora eu te dou um beijo bem dado, na frente dele. Quero ver o que tu fala pra ele depois.
-Para vai.
-Tá duvidando é? Olha que eu te pego de jeito, a hora que você menos espera...
O sinal nos interrompeu. Graças a Deus. Não queria sair no tapa com Guilherme em pleno pátio.
Voltamos pra aula, e eu não via Guilherme. Imbecil, matou a porcaria da aula.
As aulas passaram rápido. Eu estava descendo as escadas, quando meu celular tocou. Era minha mãe, pedindo para eu ir de ônibus, pois ela estaria muito apertada no serviço, e não ia poder me buscar na escola. Não gostei muito da idéia, mas se não fosse de ônibus, ia como? Enfim, fui subindo a rua, e vi um garoto puxando o outro pelo braço na esquina. Fiquei preocupada.
Reconheci os dois garotos. Ah não. Ai meu Deus. Na hora, não fiz nada além de gritar. Soltei um berro, que até me assustei comigo mesma. Felipe e Guilherme, brigando, à socos, tapas, chutes, e tudo.
Eu na hora apenas corri, e tentei separar os dois. Em vão.
-Pelo amor de Deus, parem!
Eu chorava e gritava, fiquei sem ação. Fiquei com medo também de ser atingida. Aquela briga não estava brincadeira, eles estavam sangrando muito. E então, uma hora Guilherme jogou Felipe no chão com uma voadora, e ele caiu.
Eu apenas chorava e gritava. Felipe ainda não estava desacordado, e eu não sabia a quem socorrer. A boca de Guilherme estava sangrando, e a de Felipe também.
-Pelo amor de Deus Guilherme, o que você tá tentando fazer? – eu esperneava.
-Apagar esse Felipe, eu disse que não quero ele na tua vida.
Eu ajoelhei no chão e chorava, chorava muito. Depois disso, não vi mais nada.

Capítulo 8 – Dor

Acordei na minha cama, com minha mãe me dando leves tapinhas para eu acordar, acredito.
Estava zonza. Encarei o teto, e reconheci meu quarto.
-Filha, me diz, o que está acontecendo, pelo amor de Deus? – minha mãe disse, quase chorando.
Será que minha mãe viu toda aquela cena? Não conseguia tirar a imagem dos dois se batendo da minha cabeça.
-Mãe, eu não sei o que te dizer...
-Me diga Malu, pelo amor de Deus. Estou preocupada!


Capítulo 8 – Dor

Acordei na minha cama, com minha mãe me dando leves tapinhas para eu acordar, acredito.
Estava zonza. Encarei o teto, e reconheci meu quarto.
-Filha, me diz, o que está acontecendo, pelo amor de Deus? – minha mãe disse, quase chorando.
Será que minha mãe viu toda aquela cena? Não conseguia tirar a imagem dos dois se batendo da minha cabeça.
-Mãe, eu não sei o que te dizer...
-Me diga Malu, pelo amor de Deus. Estou preocupada!
-Mãe, é uma longa história.
-Me conte.
-Eu gosto de dois garotos ao mesmo tempo. Você ficou sabendo que o Felipe mudou para a rua de trás, né? – ela balançou a cabeça positivamente quando eu questionei. – Pois então, quando voltei para as aulas, conheci um garoto novo e me apaixonei por ele. Só que ele não suporta a idéia de eu gostar também o Felipe.
-Mas você está com os dois, Maria Luísa?
-Não, não estou, mãe. Apenas amo os dois.
Ai meu amor, o que podemos fazer agora?
-Eu não sei mãe. – e não teve jeito, comecei a chorar novamente. Quem vê pensa que eu gosto de sofrer. Antes fosse apenas gostar, sem ter motivos.
-Filha, desculpa a mamãe? Eu realmente preciso voltar ao trabalho. Coitado, seu pai também ficou super preocupado, mas agora que você já está bem, vou ligar pra ele e dizer pra ele se despreocupar. Beijo filha, fique bem, quando a mamãe voltar, ela tenta te ajudar ok? – ela deu um beijo na minha testa e se foi.
Então, me senti na obrigação de ligar para Felipe, e assim o fiz. Eu liguei em seu celular, e depois de muito chamar, ele finalmente atendeu:
-Alô? – sua voz era abatida e triste. Como eu queria me matar, meu Deus!
-Felipe? – eu disse, já chorando um oceano.
-Malu. Como você está, minha linda?
-Eu estou bem, estou ótima fisicamente. Mas sou eu quem devo fazer essa pergunta a você. Está muito machucado, Fe?
-Nem tanto. Só levei ponto e cima do olho e fraturei o nariz. Mas nada de tão grave. Só isso.
-Só isso, Felipe? SÓ ISSO? Eu nunca vou me perdoar por isso...
Mas não foi você. Foi ele.
-Mas a culpa é minha por amar ele e você ao mesmo tempo. Sempre soube que ele não ia aceitar, mas não tinha passado por minha cabeça que ele chegaria a este ponto. Eu me odeio!
-Fique bem meu amor. Agora minha mãe vai me dar comida, depois te ligo, ok? Beijos, te amo!
-Também te amo.
Eu desliguei e passei a noite chorando. O idiota e insensível do Guilherme nem me ligou, e de manhã quando acordei, não tinha chamada perdida. Guilherme estava pouco se lixando se eu estava viva ou morta. Porque eu tenho que amar tanto esse infeliz?
Não estava com pique para escola na sexta-feira, e como não tinha nenhuma prova nem revisão, minha mãe disse que eu poderia faltar.
Ela chegou para me dar almoço, eu comi (mesmo sem nenhum apetite) e subi para ligar para Felipe.
Eu liguei, liguei e liguei, mas ninguém atendeu. Fiquei um pouco preocupada, mas tenho que me convencer que Felipe não estaria disponível para mim o dia inteiro. Então deixei para mais tarde, talvez ele estivesse almoçando.
Minha mãe subiu para me dar tchau, e eu fiquei lá em cima, deitada e pensando na minha vida desgracenta, e me odiando cada vez mais.
A campainha tocou. Fui atender, e era o filho da mãe mais lindo do mundo.
-Oi.
-Como você tem a cara-de-pau, de chegar na minha casa do nada depois de tudo que me fez?
Ele me olhava e não me respondia. Odeio quando ele faz isso! Só me deixa mais nervosa.
-Não me ligou, não quis saber de nada. Nem tava ligando se eu estava viva ou morta. Me poupe Guilherme.
-Mas então, não vai me convidar para entrar?
-NÃO! – quase berrei.
Olhei pra ele fixamente, me corroendo de raiva.
-Entra logo nessa porcaria de casa! – eu grunhi.
Ele foi entrando e sentando no sofá, todo saltitante. Idiota.
Eu sentei ao lado dele, e ele pegou em minhas mãos. Aaaah, agora tá querendo bancar o meiguinho?
-Você sabe que eu fiz isso por que te amo.
-Que amor é esse? Se sabe que vai me deixar triste, que vai me ferir.
-Precisa falar desse jeito comigo? Sabe que é assim que eu me revolto e bebo e fumo...
-Ai, nem vem, Guilherme! Você bebe e fuma que nem condenado bem antes de eu te conhecer.
-Não importa. Você sabe que foi tudo por amor.
Cruzei os braços e fiquei fitando o nada.
-Me perdoa? – ele olhou pra mim com cara de anjo. E eu o olhei, e derreti. Ele me tem como ninguém.
O agarrei e dei um beijo longo e demorado.
Ele sabe que com aqueles truques ele me ganhava facinho, facinho, e os aplicava em momentos de fraqueza. Aí eu caía, porque eu sou mesmo uma idiota. Ele também sabe que eu só não vou pro céu, porque com ele não tenho limites. Ele me tem quando quer, onde quer, como quer.
-Vai pedir desculpas pra ele? – eu perguntei, com a mesma cara de anjo. Sabia que não iria funcionar. A única boba e inocente nessa história era eu.
-Ele quem?
-Pro Felipe, dãrt!
-Tá louca?
Ai. Vou ter que enfrentar a fera de novo.
-Guilherme, você me ama?
-Quantas vezes vou ter que te dizer que sim?
Grosso. Otário. Eu te amo. Seu otário.
-Quanto você me ama?
-Só um pouquinho. O resto de amor é pra maconha.
-Como você é engraçadinho.
Ele riu, e eu permaneci séria.
-Brincadeira. Eu te amo muito.
-Então, se você me ama muito, promete que vai pedir desculpas pro Felipe?
-Não.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, seu filho da mãe!
-Porque, Guilherme?
-Porque eu não dou o braço a torcer, nunca!
-Disso eu sei.
Ele sorriu, e isso me irritou profundamente.
Eu fui me rastejando do outro lado do sofá. Cruzei as pernas, e fingi o ignorar.
Percebi que ele me olhava as vezes, mas permaneci quieta, no meu lugar. Fingi não notar a presença dele.
E então ele começou a se aproximar de mim, querendo me tocar, aí eu levantei. Pela primeira vez resisti ao toque de Guilherme. Estava me sentindo a pessoa mais forte e resistente do mundo.
Fui sentar no outro sofá, e fingi o ignorar novamente. Ele levantou e se sentou ao meu lado, e quis me beijar. Eu virei a cara.
-Que que é agora? – ele perguntou. Era esse tipo de reação que eu esperava.
-Você não vai me tocar enquanto não jurar a mim que vai pedir desculpas pro Felipe.
-O que?
-É isso mesmo que você ouviu.- eu sorri, triunfante.
-Ok, então eu to indo.
-Então vai!
Ele levantou e hesitou. E então ele foi. Ele é mesmo um idiota.
Eu subi e liguei pra Felipe. Nós conversamos e ele disse que estava tudo bem
Passei o fim de semana totalmente desconectada: não entrei na internet, não liguei pra ninguém e ninguém me ligou. Inclusive aquele idiota do Guilherme. Nem o Felipe me ligou. Foi um fim de semana longo.
Segunda chegou e eu tive que ir pra escola.
Cheguei e sentei em qualquer lugar.
Não dei a olhada geral na sala, estava com vergonha. Também não sei porque.
As aulas passaram rápido. Quando vi já estava na hora de ir embora.
Desci e senti alguém me cutucar. Era Felipe.
-Oi! – ele disse, todo meigo. Que saudades deste sorriso!
-Oi Fe. Como você tá? -Com saudades suas. Saudades do seu beijo.
Eu sorri, e olhei para baixo, fitando o chão. Fiquei lembrando de como sentia o mesmo que Felipe.
Dei um beijo em seu rosto e falei que tinha que ir.
Voltei para a casa e fiquei pensando em minha vida. Pensava em como amava Felipe, e em como necessitava de Guilherme.
O tempo passou bem rápido, e quando vi já era terça-feira.
Lembrando que Guilherme não foi falar comigo, não me ligou nem nada do tipo. Estava morrendo de saudades dele. Mas vou bancar a orgulhosa, vou fazer o jogo dele. Quem sabe assim ele pensa melhor e volta atrás. Se é que aquela criatura é capaz de pensar.
aquela criatura é capaz de pensar.
No fim da tarde de terça, meu celular tocou. Era Felipe.
-Alô, Malu? – sua voz era calma.
-Sim?
-É o Felipe.
-Oi amor. Tudo bem?
-Tudo sim, e contigo? – ele parecia feliz. Fico feliz por ele não estar sofrendo como eu. Não quero isso nem pro meu pior inimigo.
-Tudo ótimo.
-Que bom. Então, queria te avisar: vou viajar e só volto no domingo.
-Sério?
-Sim, vou pra Fortaleza. Meu pai vai trabalhar por lá, e minha mãe achou melhor acompanhá-lo.
-Está tudo bem então. Vou sentir saudades, meu lindo.
-Eu também! Mas tenho que ir, vou arrumar minhas malas. Beijo, amo você!
-Beijo, Fe!
Realmente, sentirei saudades dele. De sua preocupação, doçura, compreensão.
Mas enfim, Guilherme ainda não tinha dado sinal de vida. Eu também parei de me importar. A hora que ele quiser falar comigo, que venha! Eu apena não vou mais dar meu braço a torcer. Se ele quer bancar o indiferente, ótimo, bancaremos nós dois. Já corri muito atrás. Se ele realmente me ama, que venha falar comigo agora.
E então, na quarta-feira me despedi de Felipe na escola. Voltei pra casa e almocei como todos os dias. Subi pro meu quarto e fiz minhas tarefas. Do nada, toca a campainha. Eu sabia que era Guilherme. Desci e fui atender. E era mesmo ele.
-Apareceu o bonito agora, né?
Ele deu um sorriso torto, e me puxou pela cintura, para me beijar daquele jeito.
-Quer me matar do coração?
-Não. Quero te convidar pra sair comigo essa noite.
Parei um pouco e pensei. Ainda me sentia mal por sair com Guilherme por causa de Felipe. Eu o amava o bastante pra me sentir uma traidora.
-Eu aceito.
-Passo aqui as 19:00h, beleza?
-Fico te esperando aqui.
E então ele se foi. Eu esperei minha mãe chegar para pedir a ela, e ela deixou.

* Postadora - QQ

BEEM, se tiver ALGUÉM AQUI ! Eu tô escrevendo essa história na hora mesmo... Então eu demoro um pouco pra postar e eu to ficando sem imagens, quem tiver alguma. me manda ou sei lá . Eu vou começar a colocar umas imagens sem noção com o texto, mas de boa né ?