sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Continuação ...

  -Mas saiba que eu te quero..e não é pouco. – algo mais forte que eu no momento me puxou pra cima dele, e então nos beijamos. Ficamos lá a tarde toda nisso.
Então ele se tocou que estava ficando tarde e foi embora. Meu Deus, esse garoto realmente mexeu comigo.
Eu subi e tomei um banho, ainda com o gosto de Guilherme em minha boca. Fiquei lembrando do modo que ele me tocava, e me arrepiava.
Quando meus pais chegaram, jantei e logo subi para ir dormir.
E essa semana passou assim: todos os dias Guilherme vinha aqui para me beijar (e sempre com gosto de whisky e cigarro na boca, mas eu gostava do mesmo jeito). Eu estava apaixonada por Guilherme e não sabia como contar pra ele .
Ele iria me achar uma idiota, pois creio que ele nunca se apaixonou, pra ele a vida é curtição. Mas quando pensava em Felipe, flutuava. Ainda morria de amor por Felipe. Mas e agora? Eu também amo Guilherme.
Fiquei pensando também, que na quarta-feira Felipe iria se mudar para a rua de trás. Lembrando: hoje é domingo. O que vou falar pra Felipe? Eu me odeio mais que tudo!


- Capítulo 6 – Dividida

No domingo, liguei para Ester para saber porque motivo ela faltou tanto. Ela disse que é porque está com catapora. Que dó, tive isso com 5 anos e não achei que foi uma boa experiência.
Segunda-feira, tudo como antes: de manhã escola, de tarde pegação com Guilherme e o mesmo cheiro de bebida e cigarro, noite estudar e lições e dormir. Essa era minha vida.
Estava morrendo de medo de quarta-feira. O que iria falar para meu Felipe? Porque eu sou tão idiota e tão inacreditável que tenho que me apaixonar por dois garotos ao mesmo tempo? Continuo me odiando
Comecei finalmente a sentir uma pitada de amor nos beijos de Guilherme. Ele não me tratava mais como objeto. Eu finalmente era alguém pra ele, alguém na vida dele. E então, uma das coisas mais lindas que já me aconteceram na vida.
Eu e Guilherme estávamos nos beijando no meu quarto, e do nada ele parou:
-Ei...
-Porque você parou? Eu te quero mais... – e continuei a beijá-lo, mas ele me freou de novo.
-Eu queria dizer que, nunca pensei que falaria isso pra alguém antes, mas...
-Mas o que Guilherme?
-Mas eu te amo...só isso!
-Você é tudo Guilherme, eu te amo demais! – eu realmente fiquei emocionada, e então ele me beijou ternamente e me abraçou, dessa vez com mais amor. E então nós ficamos lá, como todos os dias. Ele queria avançar, mas eu não deixei. Mas apesar de tudo, nunca tirei aquela pulseira que o Felipe me dera no navio. Guilherme nunca perguntou que significava.

Quarta-feira chegou, e Felipe me chamou no MSN dizendo que já estava em casa, e que era para eu ir visitá-lo. O que eu faço agora, meu Deus? Como contaria para Felipe que ele não era o único?
Enfim, ele pediu para eu ir às 15:30h, e assim eu fiz. Fui andando, e felizmente Guilherme não estava por perto. Fiquei ensaiando o que falaria para Felipe. Com seu endereço já na mão, achei a casa e toquei a campainha. Esperei, e finalmente ele atendeu. Não vi nada, ele apenas me envolveu em um abraço, o abraço mais sincero e amoroso, sem maldade, sem malícia: era puro amor.
Na hora me deu uma vontade imensa de chorar, só de pensar no monstro que eu era.
-Entra amor, vamos matar a saudade. – ele disse.
-Sua mãe e seu pai estão aí?
-Não, ela saiu com as amigas, e quando sai, só volta de noite. – ele riu. – E meu pais está trabalhando.
Eu sorri e dei um selinho nele.
-Mas e aí, como vão as coisas? – ele perguntou.
-Está tudo bem, e com você?

-Está tudo ótimo, melhor agora!
Eu estava querendo dizer o que estava entalado em minha garganta. Queria acabar logo com isso, e dizer que eu não amava só ele.
Eu abaixei a cabeça, e a emoção tomou conta de mim. Eu já estava chorando.

 ...  

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