sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Continuação ...

Entrei no computador e finalmente achei. Adicionei e fui vendo suas fotos, e a maioria era fumando.Maria Luísa, olha bem onde você vai se meter!, pensei comigo mesma.
Mas enfim, saí do computador e fiz meus deveres de casa.
Estava sozinha em casa, e decidi sair para esfriar a cabeça. Pensei em fazer caminhada no parque que havia em frente a minha casa, então coloquei uma legging e um tênis. Peguei somente minha chave e saí.
Na esquina, vi alguém de blusa de frio preta com capuz na cabeça. Ele olho para cima, e pude ver o cigarro na boca dele. Era o Guilherme. Ao seu lado, um outro garoto e duas garrafas de cerveja. Sabia que havia algo de errado com ele.
Fiquei surpresa por ele morar na minha rua, agora estaríamos mais próximos. Porque eu pensei nisso?
Eu estava passando, e de canto de olho, vi que ele tinha levantado e que estava se aproximando. Eu gelei.
-Ei! – ouvi ele gritar. – Você não é a menina da minha
classe?
-S-s-sou sim. – gaguejei.
-Nossa, que delícia! Não tinha reparado em como você era gostosa. – ele falou rindo.
Eu fiquei assustada. Ele devia estar bêbado, drogado, sei lá. Me parou na rua para falar pra mim que eu era “gostosa”? Medo.
Fiquei quieta e segui em frente, ignorando-o. Mas ele me puxou, e eu estremeci. Ele me puxou pela cintura, e só não me beijou porque eu virei o rosto com toda a força.
-O que é isso? Me larga! – eu gritei, e o empurrava, por mais que desejasse ficar com ele.
Ele me puxou para perto e me beijou. Por mais que eu só sentisse gosto de cerveja e cigarro, eu estava gostando. Correspondi.
E nós ficamos nos beijando, no meio da rua. Do nada, uma voz masculina gritou:
-Guilherme, tá brisando, cara? Pegando a mina no meio da rua? Um carro vai pegar vocês e eu não quero nem saber...
Ele foi me empurrando pra calçada, mas não parou de me beijar. No momento, me senti culpada. Me senti traindo Felipe. Não queria fazer isso, mas Guilherme era lindo, irresistível.
Por fim, ele parou de me beijar, e apertou minha bunda.
-Quero te ver mais. Como você chama? – ele perguntou.
-Malu, me chama de Malu. – eu disse, nervosa e sem ação.
-Ainda bem que a gente mora na mesma rua, né?
Eu preferi não responder. 
-Aceita um cigarro?
-N-não, obrigada. – não quero me meter nessas coisas de drogas e bebida, por mais que fique com ele.
Ei Malu, o que você tá pensando? Você não ficou com ele, ele está bêbado e bêbados fazem coisas desse tipo, só!, forcei a mim mesa dizer isto.
Quando ele me largou, dei meia volta e esqueci da caminhada. Voltei pra casa, chocada. Chocada não sei porque. Por ele ser drogado? Por ele ter me beijado? Por ele morar na minha rua?
Subi e liguei o computador. Ouvi meu celular tocar, e atendi:
-Alô?
-Malu? – chamou uma voz masculina no telefone.
-Ela mesma.
-É o Felipe. Esqueceu de mim?
-Fe! Meu lindo, claro que não. Como você está, meu bebê?
-Estou ótimo. Entra no MSN e me adiciona para conversamos.
-Ok, beijo!

Continuua ...

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